O MISSIONÁRIO ESQUECIDO
PR TIMOFEI DIACOV
PR TIMOFEI DIACOV
“Lembrai dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para sua maneira de viver” (Eb 13; 7). Quando chega o dia de missões, depois de um mês de campanha missionária, os grupos que compõe a igreja estão felizes, apresentando um excelente programa de missões. As classes da escola bíblica estão disputando sobre qual a classe que alcançou seu alvo. Tudo isto é muito bonito, e deve continuar; pois todos nós precisamos amar a obra missionária; e orar muito pelos missionários e suas famílias; e jamais deixar de contribuir, se quisermos ver muitas conversões a Cristo. Entretanto por outro lado, não devemos esquecer-nos que temos na igreja um outro missionário que a própria igreja o convidou para ser o seu líder, para apascentar o rebanho do Senhor, com o compromisso de dar-lhe um sustento digno.
Lembro-me de um caso que fica num passado longínquo, quando alguém me disse: “O senhor está vivendo com o dinheiro da igreja; ao que lhe respondi, não é verdade, pois os dízimos são do Senhor; e o meu sustento vem de Deus”, pois que diz a lei: “Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Por ventura tem Deus cuidado dos bois? Ou não diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito, porque o que lavra deve lavrar com esperança, e o que debulha o faz com esperança de ser participante” (I Cor 9; 9e10). Tenho dado graças a Deus muitas vezes pela vida daqueles pastores que assumem a direção de uma pequena igreja em bairros distantes da cidade, recebendo um salário irrisório; porque se não fossem eles as pequenas igrejas não poderiam ter o seu pastor.
Quero nesta mensagem salientar o fato de que há igrejas que só se lembram de pagar os vencimentos do seu pastor, depois que tiverem pago outras contas. E chegam às vezes dizer ao seu pastor: “É pastor! Este mês não sobrou nada”. Será que o pastor precisa viver de sobras? Aliás, muitos fazem assim com Deus, e vão dizer ao seu pastor, que este mês não deram o dízimo porque não sobrou. E assim o pastor passa a ser um missionário esquecido. Ou será que o pastor não faz parte da mesma categoria de missionário? Já imaginaram como ficariam os nossos missionários que mandamos para Portugal, Bolívia, Romênia; e em algum mês a junta lhe escrevesse, dizendo o mesmo, que este mês as ofertas foram poucas, e os irmãos vão se virando por aí? Creio que o bom censo não o recomenda. E com o pastor local não estará acontecendo isto?
Na carta aos Hebreus capitulo 13, parte final do verso 17 diz: “Para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil”. Querem um sermão bem preparado, com muitos ensinamentos e muitas ilustrações, e visitas pastorais? No entanto é muito difícil, uma vez que, “O boi de boca amordaçada não pode se alimentar”; e se ele não se alimenta, não pode trabalhar. O pastor tem família, e dever de se apresentar bem diante do rebanho, a quem representa diante da sociedade. Como vimos a Bíblia recomenda às igrejas a se lembrarem dos seus pastores, não apenas no dia do seu aniversário, ou do Dia do Pastor. O pastor come todos os dias; uma vez que a Bíblia recomenda a todos dizendo: “No suor do teu rosto comerás o teu pão” (Gêneses 3; 17). Recomenda também a Bíblia, “Amai vossos pastores”. Portanto, que nenhuma igreja considere o seu pastor Um Missionário Esquecido, pois ele também tem as suas necessidades como qualquer um de nós.
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