sexta-feira, 18 de julho de 2008

NÃO HÁ MAIS PASTORES

NÃO HÁ MAIS PASTORES.
PR TIMOFEI DIACOV


“Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar” (I Timoteo 3;1e2). Ouvi várias vezes de várias pessoas esta palavra: “Os pastores de hoje não são mais como os de antigamente. Os que temos hoje, não são mais os de outrora, quando os víamos dedicar-se de corpo e alma ao ministério da palavra. Podíamos consultá-los a qualquer hora que estavam sempre prontos para nos ouvir. Se um dia faltássemos ao culto da igreja, no dia seguinte eles vinham nos visitar, querendo saber se havia algum problema. Entretanto hoje se uma ovelha falta a uma reunião, ou dez que seja, a sua ausência não é notada”. Você não acha que isto é verdade?

Ouvimos de um pastor de determinada igreja dizer: “Eu sonho com uma igreja de mil ou dois mil membros; entretanto hoje a sua igreja possui cerca de duzentos membros; e já sofreu três divisões. Pergunto com quem estaria a falta, se temos ouvido várias reclamações dizendo que o pastor nunca os visitou”. O que está faltando: competência? Vocação? Ou, não foram chamados por Deus? Alguém já disse que eles se ofereceram e que não foi Deus quem os chamou. Aliás, no Antigo Testamento era comum alguém se apresentar dizendo que havia sonhado que determinada coisa iria acontecer, sendo que Deus não havia dito nada. Tenho muita admiração por aqueles pastores que realizam um grande trabalho. Mas, que é um pastor verdadeiramente vocacionado por Deus?

É o mesmo que um seguidor de Jesus que verdadeiramente foi vocacionado para ser um discípulo do Mestre, que O segue até o fim de sua existência. O verdadeiro pastor é aquele que ama as suas ovelhas; que tem o coração de pastor; que ama a Deus a quem serve; que ama verdadeiramente as ovelhas do Senhor. Portanto, não concordamos plenamente com aqueles que afirmam não serem os pastores de hoje como os de outrora. Não podemos generalizar, pois, toda regra tem exceções. Não podemos nos colocar em lugar de juiz para julgar quem quer que seja, pois juiz é só um que é Deus. Podemos e devemos orar por eles, e não criticá-los, pois Deus os julgará. O pastor deve conhecer o seu rebanho e alimenta-lo dignamente com pastagens verdejantes e águas tranqüilas. (Salmo 23).

Que isto sirva de advertência para todos os pastores. Pastor, você tem orado pelas suas ovelhas? Você as ama? Tem as visitado? Não se esqueça o que o Senhor disse de Suas ovelhas: “Os pastores não tem visitado as minhas ovelhas; por isso elas se dispersaram”. Por isso esta advertência era feita aos profetas dos tempos do Velho Testamento; mas que servem para os nossos dias. Quando estamos agradando a Deus, também estaremos agradando as ovelhas. Certo profeta disse que os pastores do seu tempo eram como cães gulosos, que não sabiam latir; pois a função do pastor é saber em tempo oportuno advertir o seu rebanho. Então o coração do pastor deve ser coração de pastor; chorar com as ovelhas e com elas se alegrar; pois o pastor que não tem este sentimento poderá ser considerado um mercenário, que só prega visita e ora, isto é, se a igreja lhe pagar bem. Por outro lado, é bem verdade que existem ovelhas rebeldes. Pastor seja como pastores de outrora. E tudo irá bem.

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