terça-feira, 11 de dezembro de 2007

QUE QUER DIZER BÍBLIA?

QUE QUER DIZER BÍBLIA?
PR TIMOFEI DIACOV

A palavra bíblia quer dizer livros. Ela era chamada também escrituras sagradas, A Lei do Senhor. É composta de 39 livros no Velho Testamento e 27 em o Novo Testamento, perfazendo um total de 66 livros. O Senhor Jesus diz: “Porque Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavra do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão escrita neste livro”(Apoc 22;18e19). Entretanto, lamentavelmente o Concílio de Trento em 1.546, da Era Cristã, presentes 49 bispos, decidiu acrescentar 7 livros reconhecidos como apócrifos, ou seja, não inspirados. A isso chamamos de deuterocanônicos que quer dizer repetição do Cânon. Não devemos nos esquecer que o Cânon já estava encerrado no IV Século. Além destes foram acrescentados parte ao livro de Daniel e parte ao livro de Ester.

Esses sete livros são chamados apócrifos porque não eram reconhecidos pelo judaísmo como livros inspirados por Deus; portanto não faziam parte do Cânon do Velho Testamento. Eles foram escritos no período chamado Interbíblico que vai de Malaquias a Mateus, que durou cerca de 400 anos; que também é chamado período das trevas, porque não havia nenhuma revelação divina. Nesse período se deu a Guerra dos Macabeus, comandado por João Hircano. Havia motivos de sobra para a rejeição desses livros, um deles é o ensino sobre feitiçarias no livro de Tobias; e no II Macabeus, o escritor pede desculpas se por ventura a narrativa não estiver fiel à história. Ora, o Espírito Santo jamais faria isso. Sempre os profetas do Senhor disseram: “Assim diz o Senhor”; ou “ Quer ouçam ou quer deixem de ouvir, porque são casa rebelde”. Outro ponto é o ensino no livro de Tobias a respeito de oração pelos mortos que Deus jamais ensinou; alias, tanto os profetas como os apóstolos oraram e recomendaram oração pelos vivos; uma vez que os mortos não tomam mais parte com os vivos aqui na terra.

Como podemos perceber, havia interesse, da parte do Concílio de Trento, encontrar ponto de fundamento para a doutrina da salvação pelas obras e orações pelos mortos. Nessa Guerra dos Macabeus, Tobias se preocupava em sepultar os mortos, que para ele isso era obra meritória para a salvação. Quanto a afirmar que esses sete livros apócrifos terem sido rejeitados pelos fariseus no ano100, não tem fundamento, uma vez que o judaísmo sempre os rejeitou. Agora, voltando para Apocalipse 22; 18e19 é coisa muito séria uma vez que se trata da proibição do próprio Deus, de não retirar e nem acrescentar palavras à Bíblia. A Bíblia é a autoridade máxima em matéria de fé ou questão religiosa. Ninguém tem autoridade de mudar qualquer coisa que está neste livro; nem mesmo a tradição, como querem alguns nela buscar. Se acontecer de não entendermos algum versículo da Bíblia, então temos que recorrer ao contexto; ou ainda a comentários de pessoas mais abalizadas do ponto de vista lingüístico; ou ainda a traduções mais modernas, jamais fugindo do sentido do contexto.

A Bíblia foi escrita por homens que amavam a Deus e com Ele viveram, como por exemplo, Moises, Josué, os profetas maiores, os profetas menores, os apóstolos e os evangelistas. Diante disto podemos dizer com toda segurança: “Toda escritura é divinamente inspirada” (II Tim 3;16). Portanto, a Bíblia não é um livro que contém a palavra de Deus; mas É a própria palavra de Deus. E se assim é, deve ser estudada e bem conhecida, não como fazem os de certo seguimento religioso que fazem uso dela apenas para receber alguma revelação. O apóstolo Paulo recomenda que saibamos maneja-la bem, como a espada do Espírito, especialmente os que se dedicam ao ensino da palavra; uma vez que, quem vai à guerra deve saber manejar bem a sua arma.

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