terça-feira, 11 de dezembro de 2007

FOME E SEDE DE JUSTIÇA

FOME E SEDE DE JUSTIÇA
PR TIMOFEI DIACOV

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos” (Mt 5: 6). É difícil suportar por muito tempo a fome, porém é impossível suportar a sede por mais de dois dias. No tempo da Segunda Guerra Mundial os jornais exibiam fotos de milhares de pessoas morrendo de fome. Mas o Senhor Jesus está falando da fome espiritual, fome de justiça, ou seja, fome de Deus, de Sua palavra, do conhecimento do verdadeiro Deus. Após a multiplicação dos pães, a multidão foi à procura de Jesus, de quem ouviu: “Vós me buscais não pelos sinais que vistes, mas pelo pão que comestes. Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna” (João: 6;26ª27). Quando sentimos fome de pão vamos ao lugar onde se vende. Há muita gente faminta neste mundo, das coisas espirituais, sem saber onde encontra-las. E assim acabam buscando onde elas não se encontram. Assemelham-se ao filho pródigo que desejava encher seu estômago com o repasto de irracionais. Ou quando não, criam para si meios para se satisfazer. Daí haver necessidade de se pregar o evangelho a toda criatura conforme a ordem do Mestre. Amós profetizou a vinda de fome, não do pão, mas da palavra de Deus. Hoje mais que nunca a Palavra é pregada por todos os meios.

Jesus diz que os que têm fome e sede de justiça, serão fartos. E para tanto neste mesmo evangelho de João 6, Ele diz aos judeus: “Vossos pais comeram maná no deserto e morreram; mas quem comer Deste pão nunca morrerá. Eu sou o pão que desceu do céu, para quem dele comer viva para sempre”. Como podemos perceber Jesus é o alimento da alma que cumpre toda a nossa carência espiritual. Então se entende que a fome e sede de justiça encontram plena satisfação Nele. Entretanto, por outro lado o Novo Testamento tem procurado mostrar que os judeus e o povo de modo geral, criam a sua própria justiça para a sua satisfação espiritual. Na parábola do filho pródigo, por exemplo, certo homem tinha dois filhos: o mais velho representa os judeus e o povo de modo geral que diz: “Eis que te sirvo há tantos anos sem nunca transgredir um mandamento teu; e nunca me deste ao menos um cabrito para me alegrar com meus amigos”. E o filho mais novo representa aqueles que reconhecem a sua própria incapacidade de salvação, Lucas 15; 11ª30. O apóstolo Paulo falando deste assunto diz que os judeus o faziam com zelo, porém sem entendimento. Muitos hoje ainda fazem o mesmo. Diante disto sentimos a necessidade de ser cuidadosos e com muita sabedoria fazer a nossa própria escolha.

Quando queremos conhecer determinados assuntos, procuramos uma biblioteca, ou compramos um livro relativo ao assunto. Quando queremos viajar para um determinado país, procuramos uma agencia de turismo, compramos a passagem e viajamos. E quando queremos ter conhecimento melhor de Deus, vamos buscar o conhecimento onde? É claro, no Livro de Deus, na Bíblia Sagrada, na Casa de Deus. Por que é que muita gente não procura saciar a sua alma com a verdade? Às vezes, como alguém nos disse: “Pastor vou à minha igreja com fome e volto com fome”. Isso mostra que nem toda igreja é igreja de Deus. Daí nasce o desinteresse. Portanto, não queiramos satisfazer esta legitima necessidade com qualquer coisa. Por exemplo, você não tem alegria de participar do culto da sua igreja, nem sempre é motivado por falta do verdadeiro alimento; mas pode ter uma outra causa o de se deixar levar pelos encantos da terra, ou pelo “canto da sereia” e etc. quando nossos filhos não querem comer ficamos preocupados. Será que Deus não Se preocupa com as suas criaturas que não sentem fome e sede de Sua palavra? Claro que sim. Aquele que não come, vai emagrecendo e pode até morrer. Será que a igreja terá que fazer o “enterro” dessas pessoas? Cremos que não é a sua vontade nem a de Deus.

Uma outra possível razão que muitos não têm fome e sede de justiça pode ser a enfermidade, como diz Paulo em Rm; 14; 1, “Aquele que é enfermo na fé...”. A quem recorremos quando estamos doentes no corpo? Procuramos o médico e somos medicados, é claro. E quando a nossa alma está doente, não quer se alimentar, não quer ler a bíblia, não quer orar, e não quer ir à igreja? Será que não existe um medico da alma? Nessas horas surgem muitos charlatães propondo-nos coisas que nem mesmo eles fazem. Isaias 8;19e20 pergunta: “A favor dos vivos se consultarão os mortos? Se eles não falarem conforme a Lei nunca verão a alva”. Alei a que se refere, é a palavra de Deus. Em o Novo Testamento Jesus é tido como o grande Médico. Por que não recorrer a Ele? Quanto à sede, o que é que a provoca? Jesus diz em Mt, 5, que nós somos o sal da terra, que por sua vez provoca sede. Se a nossa vivência for verdadeira, se estamos em plena comunhão com Deus, se a Ele conhecemos se com Ele andamos e vivemos certamente que o sal estará em ação, provocando sede de justiça. Da mesma maneira se nos esforçamos na causa de Deus, vai provocar fome de justiça ao nosso semelhante. Diante disto podemos ver que grande é a nossa responsabilidade diante do mundo que vive sem Deus, ou daqueles que não tem fome e sede de justiça.

Pr. Timofei Diacov e esposa
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