terça-feira, 11 de dezembro de 2007

FALANDO EM LÍNGUAS ESTRANHAS

FALANDO EM LÍNGUAS ESTRANHAS
Pr. Timofei Diacov


A palavra estranha é estranha no original, que traduzida aparece em negrito. Certa vez estávamos conversando com determinada pessoa sobre a utilidade de falar em línguas estranhas, cuja resposta foi: “Falamos em línguas estranhas, para encobrir que Satanás entenda”. Mas, logo nos veio a pergunta: “O apóstolo Paulo não diz quem fala língua estranha também deve interpretar? Se se interpreta não é para todos entenderem? I Cor 14;27” lembramo-nos de certa pessoa que estava muito angustiada por não conseguir falar em línguas estranhas; e que já fazia mais de ano que vinha pedindo a Deus sobre esse assunto, mais que até então não recebera a resposta. Perguntamos nós, é bíblico pedir a Deus dons? Visto que em I Cor 12 diz que o Espírito Santo é o que concede dons e como quer?

O apóstolo Paulo diz em I Cor 14; 23 que se todos falassem línguas e entrasse um infiel no meio de vós, não diria que estais loucos? Este tipo de sentimento jamais devemos causar a ninguém; quem vem à igreja deve ter a melhor impressão possível, percebendo que Deus está conosco e que, prostrando-se glorificará a Deus. É claro que todos nós quando vamos a uma igreja queremos entender tudo o que se diz. Recomenda Paulo que quem fala língua estranha deve também interpretar; caso contrário que fique calado I Cor 14; 27. E diz no verso 19 que ele mesmo falava em mais línguas do que todos eles; mas que na igreja queria dizer cinco palavras que todos entendessem do que dez mil que ninguém entendesse. E diz mais, que quem profetiza é superior ao que fala língua estranha; porque quem profetiza (prega), fala a homens; e quem fala língua estranha fala a Deus I Cor 14; 2e3.

No capítulo 13 verso 13 diz: “Agora permanece a fé a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”. E diz em outro texto que havendo línguas cessarão (I Cor 13;8). E no capitulo 12; 30: “Falam todos diversas línguas?” No verso 11 diz: “Irmãos não sejais meninos no entendimento mas meninos na malícia”. No capitulo 3 verso 1 diz que não pôde falar-lhes como adulto mas como crianças, não como a espirituais mas como a carnais. Nessa igreja, de Corinto havia vários tipos de pecados, inclusive incestos, e a igreja era tolerante. Além destes pecados, a igreja estava dividida: uns estavam do lado de Paulo outros de Pedro, outros de Apolo e outros de Cristo. O que dominava ali era o pecado; e querendo suplantar esta situação, partiram em busca de línguas estranhas, como se isso fosse solução. Como podemos ver, faltava-lhes a maturidade emocional doutrinário e espiritual.

No capítulo 12verso 31 diz Paulo que mostraria à igreja um caminho ainda mais excelente do que línguas estranhas, que era o amor. Pelo visto este dom não era conhecido e nem praticado por eles. Há tanta gente procurando falar línguas estranhas, esquecendo-se que isso não é um sinal para os fieis, mas para os infiéis; Paulo cita uma profecia de Isaias que diz que falaria a este povo em outras línguas, e nem assim entenderiam (I Cor 14; 21). E que a profecia, que é a pregação, é um sinal para os fieis (I Cor 14; 22). Parece que desconheciam o mandamento de Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, de todo o teu poder e ao teu próximo como a ti mesmo”. Aquilo que é mais importante, que é o amor, era deixado de lado; e ao menos importante que é falar línguas estranhas davam mais ênfase. Em Fil 4;8 diz: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, nisso pensai. Caro leitor preocupe-se com àquilo que é mais importante, que é profetizar e que edifica à igreja, e não como falar línguas que edifica a si mesmo.

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