terça-feira, 11 de dezembro de 2007

E A FESTA MUDOU

E A FESTA MUDOU!
PR TIMOFEI DIACOV

“Canta meu povo, alegra meu povo que a festa não vai acabar”, foi o que alguém escreveu. Quem de nós não gosta de festa? De quando em quando lemos pela imprensa que a festa de casamento, ou de aniversário, terminou em tragédia. O povo de Israel era festeiro: festa de ano novo, festa de páscoa, festa dos tabernáculos etc. O povo de Deus, pela própria ordem de Deus deveria festejar, recordando acontecimentos nacionais. No tempo de Jesus também estas festas eram celebradas com muito júbilo; pois Deus queria ser exaltado pelos Seus grandes feitos. O Cristianismo de hoje precisa fazer o mesmo, recordando, especialmente, a morte e ressurreição de Jesus.

No mundo antigo, no tempo bíblico, havia também no meio do paganismo, festas comemorativas, alusivas a fatos ocorridos, ocasião em que homenageavam seus deuses, como por exemplo, em Babilônia, ocasião em que Israel, curtia amargamente o seu cativeiro. O poderoso rei Nabucodonozor, querendo consagrar a sua estátua de ouro, convocou as autoridades políticas e religiosas, e o povo de modo geral, para esse acontecimento, com ameaças de punição para quem faltasse: e que na hora em que ouvissem a música de instrumentos diversificados, deveriam curvar-se diante da imagem e a adorassem. E a punição seria o forno acesso dentro do qual seria lançado o infrator. E a festa se realizava com certo temor e tremor; quando de repente percebem que três jovens hebreus, permanecem eretos, não se curvam e nem adoram a imagem do rei.

A ordem real, cheia de furor ordena o cumprimento da lei: os infratores são lançados na fornalha quente acima do normal; quando de repente o rei espantado exclama: “Não lançamos três na fornalha? Eis que eu vejo quatro, e um é semelhante ao filho dos deuses”. Nada lhes havia acontecido, nem cheiro de fogo havia em suas vestes. E assim a festa mudou: o mesmo rei baixa um decreto para que todos adorem o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, conforme registra Daniel 3. Doravante fica proibido realizar festas pagãs, também com ameaças de punir o infrator com a morte e destruição de suas casas. É estranha a maneira de ser comemorada tanto a primeira como a segunda festa. Afinal, festa não é alegria espontânea? Como então podemos nos alegrar por decreto? A Bíblia nos ensina essa espontaneidade e alegria. O apóstolo Paulo recomenda alegrar-nos no Senhor.

E a festa mudou para melhor. A Bíblia diz ainda que Jesus é a alegria dos homens. Qual é hoje o motivo de alegria que deve haver no meio do povo de Deus? Quando recebemos a resposta de Deus sobre algum problema que nos afligia, e que foi atendido, é a hora da alegria e culto de gratidão a Deus. Qual é o maior problema do ser humano, não é o de saber para onde vai após a morte? Devemos então estar sempre festejando a nossa salvação. Hoje não há lugar para festa pagã. Não devemos dar louvores aos deuses. O que deve caracterizar o povo de Deus, é o mesmo que caracterizou Sadraque Mesaque e Abednego: “Os teus deuses ó rei nós não adoraremos. O nosso Deus nos pode livrar de tuas mãos; e se não nos livrar, não vamos adorar”. O cristão verdadeiro não se curva diante de ídolos, e nem se atemoriza diante de ameaças; pois como disse Jesus: “Não temais os que matam o corpo e depois não tem mais o que fazer; mas temei Aquele que pode matar o corpo e fazer perecer a alma no inferno”. Esta festa deve continuar, e vai continuar, pois, “Cristo é a nossa páscoa” (I Cor 5;7).

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