A MINHA EXPERIÊNCIA
DE CONVERSÃO A JESUS
Pr. Timofei Diacov
Nascido e educado num lar evangélico. Filho de peixe é peixinho; mas filho de crente não é crentinho. Mas eu precisava ter uma experiência com Cristo. A minha família pertencia à igreja Batista. Eu também fui batizado e me uni a ela, tornando-me participante de todos seus trabalhos; dizimista file. Mas, quando ouvia pessoas da mesma fé e ordem contarem as suas experiência de conversão,perguntava-me a mim mesmo sobre se teria sido a minha conversão semelhante à delas, uma vez que diziam elas que as suas experiências com Jesus foram com muita emoção. Desde então comecei a orar e pedir ao Senhor que tirasse de mim as dúvidas. Eu já me preparava para o ministério pastoral, pretendendo ir ao seminário do Sul do Brasil RJ. Estava então com 22 anos de idade, quando pensava na hora da Volta de Jesus ou mesmo na minha morte, sentia certo arrepio, perguntando-me a mim mesmo: será que sou salvo mesmo?
Não perdi tempo: pus-me em oração. Comecei a clamar a Jesus para tirar as minhas dúvidas, crendo que Ele era o Salvador. Morava eu na Avenida Cruzeiro do Sul, 28 capital de São Paulo. Eram 18e30hs quando abri a minha Bíblia deparei-me com o verso 43 de Atos, onde li as seguintes palavras: ”Dele dão testemunho todos os profetas de que todo aquele que Nele crer, receberá o perdão de pecados pelo Seu Nome”. Confesso que me estremeci. Levantando os meus olhos ao céu, disse em alta voz: ”Senhor Jesus, eu também creio nestas palavras”. Ouvi então Jesus falar no meu ouvido esquerdo: ”Os teus pecados já estão perdoados: não precisa mais duvidar”. Não vi a ninguém; apenas ouvi. Comecei então a chorar um choro gostoso! Que só Jesus me poderia provocar, lágrimas deliciosas. Alegria essa que até hoje sinto. Ajoelhei-me então e pude agradecer-Lhe muitas vezes.
Conversão a Cristo é coisa sublime e muito séria; temos que encarar a vida cristã com muita seriedade também. Não tenho dúvidas de que muita gente que está unida à igreja, mas que ainda não conhece a Jesus; e que poderia dizer que tem compromisso com a igreja. No entanto é preciso ter um compromisso com Deus e grande intimidade com Ele; ser leitor constante de Sua palavra, como alguém disse; ”devorar a Sua palavra”. Temos que comer essa palavra como aconteceu com João o apóstolo. Ele comeu o livrinho que o anjo lhe dera, que na sua boca era muito doce; e Davi chama essa palavra de favo de mel. A própria Bíblia chama-a de pão da vida.
Essa mesma palavra foi dirigida a Ezequiel dizendo-lhe que comesse o rolo do livro, que representava a palavra de Deus; e comendo ele ficou amargo no seu ventre. A palavra de Deus sempre é agradável ao nosso paladar; mas poderá tornar-se amarga, por ser uma Grande responsabilidade, tendo-a aplicado à nossa própria necessidade, ao surgirem problemas de digerir essa mesma palavra. Porque haverá momentos difíceis de testemunhar aquilo que pregamos aos outros, visto que a ordem do Senhor é ir e pregar. A amargura a que se refere Jesus, é: ”se alguém vier após Mim, negue-se a si mesmo toma sua Cruz e siga-me”. Que Deus nos ajude a sorver também essa amargura.
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