segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

E A JUMENTA FALOU

E A JUMENTA FALOU!
PR TIMOFEI DIACOV

“Então, o Senhor fez a jumenta falar, a qual disse a Balaão: que fiz eu, que me espancaste já três vezes?” (Nm 22:28). Você já ouviu jumento falar? Já ouviu serpente falar? Pois a Bíblia o afirma, em Gn 3:4. E no livro de Números capítulos 22, 23 e 24, encontramos a história de um profeta chamado Balaão, que recebendo uma proposta tentadora da parte de Balaque, rei de Moabe, para ir e amaldiçoar ao povo de Israel que vinha em direção à terra de Canaã, que Deus tinha prometido a Abraão como herança para a sua descendência. Em principio esse profeta fez a pergunta: “Como eu amaldiçoarei aquilo que Deus abençoou? A oferta de amaldiçoar, era tentadora. E o Senhor lhe aparecendo em sonho, perguntou-lhe: “Quem são esses homens? De onde vieram?”a resposta divina foi imediata: “Tu não iras”. Não era fácil dar esta resposta para a comissão que viera buscá-lo. Mas o rei Balaque, dobrando a oferta, esta ficou ainda mais tentadora. Afinal profeta não é para abençoar?
Não é fácil lidar com uma situação assim, se o homem não tiver convicção de que importa mais obedecer a Deus do que deixar-se vencer pela tentação de uma fabulosa oferta. Respondeu-lhes então, que iria consultar a Deus, se deveria ou não acompanhar esta segunda comissão. Então o Senhor ordenou-lhe que a acompanhasse. Afinal, Deus mudou? Claro que não. Mas o profeta estava obcecado pelo ouro, riqueza tentadora. No meio do caminho, o Senhor coloca um anjo com uma espada aguda, que o profeta não enxerga; mas a jumenta vê claramente, tentando evitar a morte, ocasião em que o profeta a espanca. E Deus ordena-lhe que vá, com a condição de, dizer aquilo que o Senhor ordenar, de abençoar e não amaldiçoar o povo de Deus. E, em lá chegando, ele pede ao rei de Moabe que edifique sete altares, nos quais ofereça sete novilhos e sete carneiros em holocausto ao Senhor. Possivelmente, Balaão imaginava que Deus iria agradar-Se desta oferta e mudaria de opinião.
Mas o rei de Moabe, não se dando por convencido, muda de local e repete a oferta sobre outros sete altares. E diz no capítulo 22:32, “que o caminho de Balaão era perverso diante do Senhor”. Sem dúvida o caminho de Balaque não era inferior. E a mensagem de Deus tanto para o profeta como para Balaque era: ”Deus não é homem para que minta; nem filho de homem, para que Se arrependa. Porventura, tendo Deus prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Nm 23:19). Deus não Se arrepende de Seus planos, e nem deixa de cumprir o que prometeu. Ele Se arrepende, ou muda a maneira de agir, em relação ao homem que se converte a Ele. Diante disto, deve ficar bastante claro que, os planos de Deus, bem como a Sua natureza divina são imutáveis. Mas o profeta Balaão insiste e vai outra vez ao holocausto, sempre afirmando que só dirá a palavra que o Senhor lhe puser na boca; mas, no seu íntimo não perde a esperança de que Deus, aceitando o holocausto venha mudar de opinião, visto ser o bolão, tentador demais.
E assim, abrindo a sua boca lança as suas profecias a respeito de Israel e do próprio Moabe, sobre o futuro que os aguardava. E chega a afirmar que, contra Jacó (o povo de Deus), não valem encantamentos, ou maldições. Capítulo 23:23. Diante disto, o rei de Moabe, revoltado diz: “Eu mandei chamar-te para amaldiçoar, e tu até agora só abençoaste; e, além disto, prometi dar-te muitas riquezas”. Quantos hoje se deixam, fascinados, pela oferta que o mundo lhes oferece, em troca de afrouxar a verdade bíblica! E assim começa o esfriamento de muitos que se dizem tementes a Deus, e abandonam a carreira cristã. No livro do Apocalipse, 2:14 lemos: “Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel, para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição”. A Bíblia nos afirma que este profeta ganancioso foi morto à espada. Aliás, todos aqueles que foram infiéis à mensagem de Deus, tiveram o mesmo fim; e que os de todos os tempos terão a mesma recompensa. Que Deus guarde o Seu povo, e que este não se iluda pelas ofertas; e que ninguém chegue ao ponto de esperar que venha a mensagem através de jumentos ou serpentes.

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