quarta-feira, 15 de julho de 2009

"É PECADO TOMAR REMÉDIO"

“É PECADO TOMAR REMÉDIO”
PR TIMOFEI DIACOV
Alguém nos informou que existe um grupo religioso que ensina aos seus fiéis que não devam tomar remédio quando estiverem doentes; porque se assim fizerem, estarão pecando contra Deus. Se isto é verdade, não sabemos; porém, não ignoramos a existência de outro grupo religioso que não permite aos seus seguidores fazer transfusão de sangue, preferindo a morte, e não desobedecer à prática desta doutrina. Afinal, não foi Jesus que disse que muitos deixam o mandamento de Deus para ensinar doutrinas de homens? Temos que entender que uma vida humana vale muito mais que qualquer preceito não bíblico. Deus não faz aquilo que está ao alcance do homem realizar. Se qualquer de nós estiver doente, não irá buscar um médico ou tomar um remédio? É claro que sim. Exemplo: quando Lázaro, sepultado há quatro dias, foi chamado Jesus para que o ressuscitasse; e recebendo estes, de Jesus, a ordem para abrir o sepulcro; para fazer o que estava ao alcance do homem fazer.
Abrir a sepultura estava ao alcance do homem realizar; porém ressuscitar era um atributo de Deus. Você está doente, recomenda Tiago: “Chame os presbíteros da igreja que unjam com óleo o doente, fazendo oração sobre ele” (Tiago 5: 13e14). No evangelho de Lucas 10 de 25 a 37, lemos a parábola do Bom Samaritano, que, vendo a vitima ensangüentada à beira da estrada, e sentindo compaixão dela, tirando de um recipiente que trazia na sua bolsa, vinho e azeite, untou suas feridas. O vinho, certamente para desinfetar as feridas, e o óleo como remédio. Acredita-se que esse óleo já era um preparado para ocasiões como essa. A oração é necessária, sem dispensar o remédio, ou uma cirurgia se necessário for. Em Atos, está registrado que Paulo era acompanhado por um médico chamado Lucas, a quem Paulo o cognomina de: O Médico Amado. Para que, médico em sua viagem? É evidente, para tratar da saúde do apóstolo.
Seria mesmo verdade que se prega o não uso de remédios? Há também quem pregue que doença não existe. É apenas pensamento. Há também quem ensine que o inferno é esta vida. Entretanto, quando surge a primeira dor, lá vão à farmácia ou ao hospital. Por que é assim? Se esta vida é inferno, na hora da dor, espere a morte; e assim deixará este “inferno”. Então, como podemos ver o remédio, o médico, o hospital, oração; tudo é necessário na vida. A Bíblia nos ensina que por tudo devemos dar graças a Deus: pela doença, pelo remédio, pelo hospital e pelos médicos; porque tudo contribui para o bem dos que amam a Deus. Devemos aprender a lição bíblica de que onde termina o poder humano, aí começa o poder Divino. Os médicos, conquanto, homens preparados, são limitados; da mesma maneira os remédios e os hospitais, pois não são onipotentes.
Há muita coisa que a Bíblia considera pecaminosa, e que o homem pratica. Por exemplo: deixa de orar pelas autoridades e pelos seus semelhantes; não abandona a maledicência, avareza, prostituição; e deixa de amar o seu próximo, inclusive seus próprios inimigos. E muita coisa mais que a Bíblia manda fazer, que muitas vezes passa despercebida a muita gente; como diz Tiago: “Aquele que sabe fazer o bem, e não o faz, comete pecado” (Tg 4: 17). Então prezado leitor, não sejamos como os fariseus que coavam um mosquito e engoliam um camelo, como diz Jesus: dar atenção às coisas mínimas, desprezando as mais importantes. E como diz o apóstolo Paulo: “Quando eu era menino, falava como menino, discorria como menino; mas quando me tornei adulto, acabei com as coisas de menino” (I Cor 13:11). Sejamos, portanto pessoas amadurecidas no entendimento, pois temos a mente de Cristo (I Cor2: 16).

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