terça-feira, 21 de abril de 2009

Ousadia

OUSADIA
PR TIMOFEI DIACOV


“Então eles vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento que eles haviam estado com Jesus” (Atos: 4;13). Certo dia, já enfadado de ouvir que devemos ir e pregar a palavra de Deus. Aliás, quase todas as quartas-feiras nos cultos de oração, ouvimos esta palavra. Entretanto são poucos os que saem para anunciar o evangelho. Resolvemos então partir para a prática, sentindo as palavras de Pedro e João: “Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (João: 4;20), e também a palavra dirigida a Ezequiel: “Se tu não avisares ao ímpio, e ele morrer na sua iniqüidade, das tuas mãos vou requerer o seu sangue”. Durante o pastorado em São Paulo, resolvemos visitar os doentes no Hospital São Camilo, e pudemos evangelizar cerca de quatrocentas pessoas. Só paramos, quando os seminaristas católicos desse Hospital, nos proibiram fazer o nosso trabalho.

É bom que se diga a verdade a respeito desse hospital. Certa jovem fazendo pesquisas a respeito de sua origem descobriu que o terreno foi doado por uma senhora evangélica, com a finalidade de se construir um hospital que servisse os pobres. Parece que isso não está ocorrendo, pois está sendo direcionado pela igreja Romana. Mas a nossa atividade não cessa aqui: ela continua em vários outros hospitais. Certo dia em um outro hospital, à semelhança do São Camilo, fomos proibidos por uma freira, de visitar os doentes, dizendo-nos que esse trabalho só poderia ser feito pelos padres. Mas nós continuamos com ousadia pedindo a Deus que, o Senhor as removesse as freiras desse lugar. No que fomos atendidos. O nosso trabalho hoje é pregar nas igrejas que nos convidam; e ir de casa em casa sendo muito bem recebidos. Mas certa casa alguém nos atendendo disse-se nos: “Quem é você para me abençoar?! Desde que nasci sou filho de Deus! No dia do Juízo Final, você vai saber quem eu sou, e eu vou saber quem é você!”.

Hoje indo de casa em casa, dizemos, a quem queremos visitar que somos pastor com oitenta e dois anos de idade, e cinqüenta e um de ministério pastoral; sempre dizemos que viemos para abençoar a família, fazendo uma oração. Assim as portas sempre se nos abrem. Na cidade de Guarantã, visitamos todas as casas, com exceção daquelas onde não havia ninguém. Na cidade de Lins, visitamos quatro bairros. Na cidade de Cafelândia já pudemos visitar dois bairros; sem nunca nos considerar exaustos. Podemos dizer como Pedro e João: “Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido”. Observemos que, a palavra não é, não devemos, mas NÃO PODEMOS. Por ventura um crente salvo poderá dormir tranquilamente sem se preocupar com as almas que estão se perdendo? Não nos esqueçamos das palavras de Jesus: “Se estes se calarem, as pedras clamarão”. Vamos esperar que as pedras clamem?

Caro irmão leitor, as portas estão abertas para quem quiser pregar; mas elas poderão se fechar. Poderemos nós dizer como Paulo? “Ai de mim se eu não anunciar o evangelho!”. “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois ele é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que Nele crê”. “E, como ouvirão se não há quem pregue?” Alguém imaginou que Jesus quando voltou ao céu, os anjos teriam Lhe perguntado: “A quem Jesus encarregou de pregar o evangelho? E Jesus lhes respondeu: que deixara para os doze apóstolos. Mas os anjos insistiram dizendo: e se eles falharem? Se isso acontecer, não há esperança de salvação”. Então prezado irmão, Deus pode fazer que pedras clamem que jumento fale que Balaão profetize; e que também os anjos preguem o evangelho. Mas este privilégio só é dado para os discípulos de Jesus. Portanto preguemos com ousadia o evangelho de Jesus Cristo!

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